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Entrevistada pelo site Uol Luiza Erundina fala sobre o envelhecimento

Foto do escritor: GECGEC

Preconceito se manifesta, segundo ela, dentro do próprio partido e também nas discussões que costumavam ser realizadas no Congresso


Imagem: Twitter oficial @luizaerundina


A Deputada é candidata a prefeitura de São Paulo e concedeu uma entrevista ao Matheus Pichonelli em colaboração para a Ecoa em Campinas (SP).

Segue alguns trechos da entrevista em que ela aborda o preconceito sofrido em função da idade (Etarismo).


Eu tenho dito que só faltava eu ser negra para completar as razões pelos quais eu sofro, ou sofri, muito preconceito, muita discriminação, muitos ataques. Sou nordestina, mulher, de esquerda, solteira. Só faltava eu ser negra. Eu teria mais um motivo para lutar por alguma coisa. Contra o preconceito racial. E agora eu tenho mais um preconceito: a idade. Imagina quanto isso é forte. Dentro do próprio partido, de alguns companheiros obtusos e que também usam [preconceito] na disputa política, porque não pensa que não tem disputa política interna, e como tem. Por mais que a gente lute por igualdade, por uma sociedade mais igualitária, mais justa, mais fraterna, mais solidária. Lamentavelmente, isso passa pela formação das pessoas. E a formação das pessoas não passa apenas por uma ideologia que a pessoa eventualmente abrace.


Hoje eu tenho mais um fator para lutar. É para demonstrar que a velhice não é uma doença, muito menos um defeito. As pessoas tratam a velhice como um defeito. Dizem: coitadinha. Nos eventos que acontecem lá na Câmara, ou aconteciam, antes desse momento grave, como conferências e seminários para debater a velhice, o tema era sempre a doença, o cuidador, onde o velho vai ficar. E eu me revoltava. Dizia: sou velha, estou com essa idade, mas eu não vejo a velhice dessa forma. Vejo a velhice como alguém, não só porque tem experiência, mas que tem energia. Que é mais maduro, já teve mais tempo para errar e para corrigir esses erros.



Velhice não é uma doença, eu insisto isso. Não é um defeito. Todos, se tiverem a sorte, e eu estou tendo, vão chegar a esse estágio. E como vão enfrentar? Vão ter preconceito da mesma forma que têm hoje como jovens? E, lamentavelmente, na política, tem os novos lá na Câmara. Houve uma renovação muito grande, mais de 40% da Câmara. Estou no sexto mandato. E tem até partido chamado Novo. Mas eu nunca vi tanta cabeça velha. Tem muito jovem. Com certeza, cresceu muito o número de jovens. Não só no Partido Novo, mas também nos outros partidos. Lamentavelmente, a juventude em número de anos não corresponde àquilo que precisa para ter maturidade política. A generosidade política. A compreensão do outro, independente de ele ser seu adversário político.


Quer ver a entrevista completa, acesso o site da uol:

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